O futuro é resultado das ações do presente

Pensar no presente e deixar o futuro nas mãos de Deus é imprevidente

Autor: Gilmar DuarteFonte: O Autor

Pensar no presente e deixar o futuro nas mãos de Deus é imprevidente, pois o futuro será o reflexo das ações atuais. Não semear e esperar o dia da colheita é certeza de dar errado.

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Vivemos numa época em que se esperam resultados imediatistas, pois pensar no futuro parece algo arcaico e mesquinho. No entanto, é comum ver atitudes como esta trazerem desconforto para muitos, pois acabam sendo um problema dos outros.

José fez a interpretação do sonho do faraó que haveria sete anos de muita fartura, seguidos de sete anos de fome. O faraó então compreendeu que se primeiro haveria muita fartura seria possível poupar e armazenar alimentos para fazer frente aos anos seguintes que seriam de fome, amenizando o problema. (Gênesis 41).

Não é preciso ser um profeta como José para prever que a vida de qualquer pessoa com momentos de bonanças passará, também, por ciclos de dificuldades, nos quais será necessária ajuda para sobreviver em condições razoáveis. Estes períodos também poderão ser enfrentados com maior facilidade se no tempo das “vacas gordas” tiver sido atravessado com cautela e diligência.

Parece muito óbvio, mas constantemente assistimos espetáculos tristes de pessoas “poderosas” que enfrentam dificuldades inimagináveis, passando a depender da misericórdia de amigos e fãs para sobreviver. A sabedoria popular resume numa frase que “dinheiro não aceita desaforo” e, portanto, pessoas não habilitadas perdem dinheiro com tanta facilidade quanto o ganham. Para alguns que ganham muito, como acontece com jogadores de futebol, vai demorar um pouco mais, mas os desabilitados aos controles financeiros perderão dinheiro mais cedo ou mais tarde.

Mas não pense você que são apenas os jogadores de futebol que têm dificuldades para controlar as finanças – naturalmente não me refiro a todos –, mas os casos de bancarrota entre estes chamam atenção quando veiculados nos noticiários. Há 30 anos, quando vim para Maringá, uma linda e promissora cidade do interior do Paraná, o proprietário da empresa na qual trabalhei era um homem de muitas posses, vivia nas rodas da alta sociedade, mas hoje sobrevive da aposentadoria da Previdência Social e da bondade de poucos amigos.

A regra é armazenar, fazer reservas, poupar, investir parte dos rendimentos da época das “vacas gordas” para fazer frente às dificuldades que surgirão. Quando somos jovens temos mais energia para o trabalho, mas com o passar do tempo essa disposição tende a reduzir. Uma pessoa previdente deve ter realizado investimentos que garantam o sustento no futuro.

O esforço poupado, ou seja, as economias não consumidas devem ser investidas de maneira diversificada para evitar que mudanças na economia prejudiquem a boa ação do tempo das “vacas gordas”.